domingo, 20 de julho de 2008


A mulher-brasileira: de verdade

Vi na televisão um daqueles programas maravilhosos, sobre a história de artistas: Por toda minha vida – Dolores Duran, uma das maiores compositoras do nosso país, cantora afinadíssima que fez sucesso nos anos 50 e morreu dormindo, no dia 23 de outubro de 1959, vítima de um ataca cardíaco fulminante. Autodidata, muito cedo começou a aprender outras línguas, ouvindo discos de inglês, francês, castelhano e italiano. A estréia oficial de Dolores foi em 52, quando gravou dois sambas para o Carnaval: Que bom será e Já não interessa. Em 53, gravou Outono e Lama. Mas tornou-se conhecida com as canções Tradição, Bom é querer, O amor acontece e, principalmente, com a Canção de volta. Compôs com Tom Jobim, a música, até hoje lembrada, Se é por falta de adeus. Outra composição sua que veio a fazer sucesso anos mais tarde, foi o samba-canção: A noite do meu bem.
Uma mulher à frente de seu tempo. Que viveu e acreditou na vida intensamente. Cantava por amor. Não admitia a vida sem paixão. Eu, nasci muitas décadas depois dela, mas fiquei impressionada com a sua história. Ela foi melhor, do muitas de nós, ousou a sonhar ser.

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