terça-feira, 18 de novembro de 2008



Adolescentes perdidos e pais seus reféns



Tantas coisas me alegraram na semana que passou, mas uma delas me entristeceu muito. Vi um cidadão tentando desesperadamente mostrar a jovens, menores de idade, o quanto é perigoso beber. Ele tentou, falou, condenou quem vendeu, armou a maior briga. E a resposta foi: nossos pais, sabem que a gente bebe e permitem. Além disso, no final da festa, esse mesmo cidadão viu seu carro depredado. E, o pior, ele não estava num bairro perigoso ou pobre, ele estava numa festa, onde deveria ter só gente de 'família'. A bebedeira entre jovens é feita da conivência das autoridades, das donos de bares, dos diretores de clubes, dos educadores, mas sobretudo da conivência dos amigos, dos pais e toda a família.
Minha nossa! Não dá pra acreditar que ninguém se importe com o futuro desses adolescentes. Hoje, uma inocente cervejinha, depois um baseado, uma cocainazinha até o fim, do que seria um jovem promissor.
Não podemos mais banalizar a violência, a dependência, a falta de respeito, até mesmo entre pais e filhos. Muitos pais são refém de seus filhos. Permitem tudo, pensando em satisfazer seus filhos e com isso garantirem uma dose de amor. No entando, os principais valores morais estão indo ralo abaixo e ninguém percebe. Depois disso tudo, eu tive uma lição e resolvi que, de agora em diante, quando eu ver um jovem conhecido bebendo, avisarei seus pais. Tomem eles, a decisão que quiserem. Eu pelo menos não terei contas de arrependimento para amargar no futuro. Quisera eu, ter sido ou ser avisada a tempo de salvar um familiar.

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